Na foto ao lado aparece a solenidade de formatura do Curso de Engenharia Civil do CT/UFSM em 19/07/1980 (1o. semestre), onde Engenheiro Carlos Herbert Schwancke, recém formado, aparece recebendo os cumprimentos do PATRONO DA TURMA, Prof. Eng. Helio João Bellinaso, pela sua Colação de Grau.
Naquela ocasião, recebia a homenagem com a distinção de PATRONO DA TURMA dos formandos, correspondentes ao primeiro semestre de 1980. Esta distinção é de grande valor estimativo para o docente escolhido democraticamente pelo grupo de alunos que naquele ano tive a honra de ser escolhido.
Relembrando à época, ocorria a segunda parte do século XX e nossa região era premiada com a Fundação da primeira Universidade Federal no interior do Brasil, graças ao mais ilustre santa-mariense, Prof. Dr. José Mariano da Rocha Filho que sonhou e idealizou criar uma Universidade em Santa Maria – RS e depois de muita luta e o apoio de políticos do RS, conseguiu oficializar, junto ao Presidente da República. A partir daí, junto a sua equipe, fundou e implantou um dos mais importantes Campus Universitário, para orgulho da população da área Geo Educacional defendida de unhas e dentes por seu fundador.
Uma homenagem que não esqueci
Em dezembro de 1978, três anos após o início de minha carreira, como professor do Curso de Engenharia Civil do CT/UFSM, fui surpreendido com um convite muito significativo para qualquer professor e principalmente para mim, um desconhecido na estrutura hierárquica do magistério superior e novato na docência.
Naquele ano, após os procedimentos legais, fui escolhido pela maioria dos alunos formandos dos cursos de engenharia, com a distinção máxima que um professor pode aspirar, ser o Paraninfo da turma.
Ainda me lembro bem, naquela noite, após um dia exaustivo, no qual dividia as atividades da docência e da Direção do Departamento de Obras da Prefeitura da UFSM, eu estava retornando para minha residência, entorno das 20,00 horas. Quando me aproximei do portão que dava acesso ao prédio, percebi algo estranho, pois havia um grupo de pessoas no portão e logo vi que eram os alunos do curso de engenharia.
A princípio fiquei preocupado, logo pensei que poderia ter ocorrido algum problema com meus alunos, mas ao desembarcar do carro, um Fusca azul 1976, pude ver todos alegres e felizes com minha chegada. Fui recebido pelo grupo com uma salva de palmas e logo veio o convite: Professor, hoje em assembleia o senhor foi escolhido para ser o Paraninfo da turma.
Minha sorte que o ambiente estava com pouca claridade e ninguém percebeu, mas logo brotou as lagrimas provocadas pela emoção. Não poderia imaginar que aquela distinção seria para mim, já que até então, os paraninfos sempre foram professores renomados, ou pessoas de destaque na sociedade.
Agradeci a todos e prometi que não esqueceria aquela homenagem, embora sendo um professor, ainda jovem na carreira, mas convicto de minha responsabilidade e meu compromisso com o Ensino de qualidade, comprometido coma transferência do melhor conteúdo possível.
Na sequência postei o meu Discurso apresentado na formatura.
Em julho de 1983, mais uma vez, fui surpreendido com o convite para ser o Paraninfo da turma. Como qualquer professor, fiquei muito contente com a distinção. Daí pude perceber que estava na direção certa, pois como sempre acontece nestas ocasiões especiais, muitos foram os relatos sobre minha conduta, meu esforço e meu entusiasmo para levar aos alunos, todos os possíveis conhecimentos existentes na época, tendo como base os recursos disponíveis dentro de minha área de atuação, mesclando teoria com aulas práticas e experiências de laboratório, além de viagens de estudos, muito bem programadas, para a cidade de Joinville SC e, outras do vizinho estado, onde na época havia o maior numero de empresas do setor de Instalações Hidro-Sanitárias Prediais e Urbanas, tais como as fabricas: Tigre, Docol, Tupy e Acros, que desenvolviam produtos para aplicação naquela área da construção civil e que combinava com uma das minhas disciplinas de atuação no CT/UFSM.
Em janeiro de 2006, mais uma vez fui convidado para ser o Paraninfo da turma de formandos, desta vez, após minha aposentadoria da UFSM, me encontrava lecionando no Curso de Engenharia Ambiental do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), um curso novo que formava sua segunda turma. Sendo que na primeira turma, já teria participado como Patrono da Turma. Por isso meu entusiasmo e minha gratidão aos alunos pelo referido convite para paraninfar uma turma no curso de Engenharia Ambiental, cujo seu conteúdo, como não poderia deixar de ser, era voltado para as soluções do meio ambiente e da vida no planeta. Naquela época, me encontrava entristecido, pois por recomendação médica, devido a motivos de saúde precisava encerrar minha carreira de docente que tanto amei na vida.